De acordo com gramáticas tradicionais, se o sujeito de uma oração for agente, teremos a voz ativa, se for paciente, teremos a voz passiva, e
se for ao mesmo tempo agente e paciente, teremos a voz reflexiva.
Além dessas vozes verbais, temos também a voz passiva analítica, que ocorre quando a oração possui um sujeito (paciente), o verbo auxiliar, geralmente “ser” ou " estar", conjugado no mesmo tempo verbal do verbo principal da voz ativa, seguido do particípio passado do verbo principal.
O músico tocava piano. -> O piano era tocado pelo músico.
Elas fecharão a janela. -> A janela será fechada por elas.
Nós não trancamos o carro. -> O carro não foi trancado por nós.
Eu o denunciei à polícia. -> Ele foi denunciado por mim à polícia.
As crianças têm feito um bom trabalho. -> Um bom trabalho tem sido feito
pelas crianças.
Nota-se que em sua formulação, a voz passiva analítica transforma o sujeito da voz ativa em agente da passiva e o objeto direto, em sujeito.
Aqui, uma tirinha onde encontra-se um exemplo de voz passiva analítica.
Nessa tirinha, Calvin indaga seu amigo sobre o que pode controlar nossos destinos. Algumas pessoas acreditam que seja Deus, outras acreditam que nenhuma influência externa definirá o nosso futuro. Para você, o que pode controlar o nosso destino?
O exemplo de voz passiva analítica encontrado na tirinha "Nossos destinos são controlados pelas estrelas" na voz ativa viria da seguinte maneira: As estrelas controlam nossos destinos.