domingo, 28 de abril de 2013

A voz passiva analítica

Para falar de voz passiva analítica, temos que compreender o conceito básico de voz verbal.
De acordo com gramáticas tradicionais, se o sujeito de uma oração for agente, teremos a voz ativa, se for paciente, teremos a voz passiva, e se for ao mesmo tempo agente e paciente, teremos a voz reflexiva.


Além dessas vozes verbais, temos também a voz passiva analítica, que ocorre quando a oração possui um sujeito (paciente), o verbo auxiliar, geralmente “ser” ou " estar", conjugado no mesmo tempo verbal do verbo principal da voz ativa, seguido do particípio passado do verbo principal.

O músico tocava piano. ->  O piano era tocado pelo músico.
Elas fecharão a janela.  -> A janela será fechada por elas.
Nós não trancamos o carro.  -> O carro não foi trancado por nós.
Eu o denunciei à polícia.  -> Ele foi denunciado por mim à polícia.
As crianças têm feito um bom trabalho.  -> Um bom trabalho tem sido feito
pelas crianças.


Nota-se que em sua  formulação, a  voz passiva analítica transforma o sujeito da voz ativa em agente da passiva e o objeto direto, em sujeito.

Aqui, uma tirinha onde encontra-se um exemplo de voz passiva analítica.



Nessa tirinha, Calvin indaga seu amigo sobre o que pode controlar nossos destinos. Algumas pessoas acreditam que seja Deus, outras acreditam que nenhuma influência externa definirá o nosso futuro. Para você, o que pode controlar o nosso destino?



O exemplo de voz passiva analítica encontrado na tirinha "Nossos destinos são controlados pelas estrelas"  na voz ativa viria da seguinte maneira: As estrelas controlam nossos destinos.







3 comentários:

  1. Olá, Guilherme. Bacana o teu blog. Gostei muito da tirinha. Observe que o último quadrinho traz dois agentes bem presentes na vida do Calvin: o pai e a mãe.
    Minha sugestão é que vc faça uma crítica ao conceito de voz da gramática tradicional, pois voz é uma mudança morfológica pela qual passa o verbo para mudar papéis semânticos de lugar na sintaxe, normalmente provocada por questões pragmáticas.
    Abs,
    Prof. Dioney

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  2. Oi, Guilherme. Concordo com o Prof. Dioney. E, de fato, é muito importante sabermos diferenciar os espectros sintáticos, semânticos e pragmáticos. Abraços, Roberta.

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