O
chat é um gênero textual emergente, constituído dentro do contexto da Internet.
O termo chat, pertencente ao inglês, traduz-se como bate-papo e é usado para
referir-se a um sistema da rede que permite uma forma de comunicação síncrona
entre os participantes.
Para
Bakhtin, teórico na abordagem de gêneros, sempre que falamos, utilizamos
gêneros do discurso, ou seja, todos os enunciados são constituídos a partir de
uma forma padrão de estruturação. Dessa forma, gênero pode ser definido como
“tipos relativamente estáveis de enunciados”, elaborados por cada esfera de
utilização da língua.
Como
todo gênero, o chat apresenta elementos que o caracteriza, com suas diversas
finalidades, o chat pode ser utilizado para conhecer pessoas, interagir com
algum artista e debater assuntos controversos. Assim como outros gêneros, o
chat também possui expressão de emoções, notadas a partir do uso de
sinais gráficos.
Em
diferentes cursos, podemos encontrar o chat sendo utilizado como uma ferramenta
integrante do ensino. Mas devemos considerar o fato negativo sobre o uso dos
chats, que é a falta de estudos e normatização desse gênero.
Em seu livro desining web-based traning, Horton tem sido um dos primeiros a apresentar o estudo do chat social aplicado ao ensino/aprendizagem, como uma tentativa de normatizar o gênero chat educacional. O autor, ao longo de sua obra, mostra as diferenças do chat para fins educacionais para o chat social. Afirma que alunos e professores habituados aos chats com fins sociais, provavelmente, terão de se ajustar ao chat educacional, a fim de que ele seja eficaz.
Horton
apresenta o chat educacional com os seguintes objetivos: promover sessões para
tirar dúvidas, promover encontro de grupo de estudos entre os alunos,
entrevistar experts na área desejada, dentre outros. Dentre algumas
características também mencionadas pelo autor, podemos citar o número restrito
de participantes (de 5 a 7); um espaço para trocas de idéias rápidas,
espontâneas e emocionais; duração de 20 a 90 minutos, previamente organizados
tanto em relação ao horário quanto aos objetivos.
O
que se pode concluir é que o chat ainda é visto como um gênero em constituição
e, consequentemente, como ferramenta ainda não dominada pelos usuários, devemos ficar atentos e nos questionar sobre o papel que podemos assumir como educares
e como aproveitar ao máximo a utilização dessa ferramenta.
Muito bem, Guilherme. Gostei da postagem. Mas como seria a normatização do chat educacional? Será que o chat ainda não é dominado pelos usuários? A ampla utilização do chat com fins sociais não demonstra familiaridade, por parte dos usuários, com o gênero em questão? Outro ponto: gostaria de ver em teu AVM os slides do Seminário realizado pelo teu grupo [você e Daniella]. Abraços :)
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